domingo, 20 de abril de 2014

"A morte esqueceu de mim", diz indiano de 179 anos.

“Meus bisnetos já morreram há anos. De algum modo, a morte esqueceu de mim.”

 
Indiano 179 Anos

O sapateiro indiano Mahashta Mûrasi alega ter nascido em Janeiro de 1835, o que faz dele não só o ser humano mais velho do mundo, mas também o homem que mais anos viveu em toda história humana, de acordo com o Guinness World Records.
Autoridades indianas dizem que o homem nasceu numa casa em Bangalore no dia 6 de Janeiro de 1835. A partir de 1903 passou a viver em Varanasi onde trabalhou até 1957, até que se aposentou aos 122 anos.
“Estou vivo há tanto tempo que os meus bisnetos já morreram há anos”, explicou Mûrasi. “De algum modo, a Morte esqueceu de mim. E agora já não tenho esperança. Ao olhar para as estatísticas, ninguém morre com mais de 150 anos, muito menos com mais de 170. Neste ponto acho que sou imortal ou algo assim”, considerou.
Segundo o WorldNewsDailyReport.com, todos os documentos de identificação do homem confirmam a sua versão, mas até ao momento, nenhum exame médico confirmou a veracidade da sua alegação. O último profissional de saúde que Mûrasi visitou morreu em 1971, de modo que são escassas as informações sobre o seu histórico médico.

Jornal VDD

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Adolescente se gaba no Facebook e faz pai perder indenização de US$ 80 mil.



Postagem da jovem custou ao pai a indenização de R$ 179 mil (US$ 80 mil) de um processo sobre discriminação por idadeReprodução/Flickr/melenita2012
Quando Dana Snay soube que seu pai tinha ganhado na Justiça o direito a uma indenização de seu antigo emprego, ela não conseguiu resistir em compartilhar a notícia.
A Gulliver Preparatory School, uma escola com sede em Miami, nos Estados Unidos, foi condenada a pagar cerca de R$ 179 mil (US$ 80 mil) em um processo sobre discriminação por idade.
"Mamãe e papai ganharam o processo contra Gulliver", a adolescente escreveu para seus 1.200 amigos no Facebook. "Gulliver está pagando agora oficialmente as minhas férias para a Europa neste verão. CHUPA ESSA".

O comentário, no entanto, agora pode custar a indenização do pai da garota, informou o jornal Miami Herald.
Quando Gulliver ficou sabendo do post, o que não demorou muito, já que Dana era uma ex-aluna, a escola recusou-se a pagar um centavo porque o pai tinha assinado um acordo de confidencialidade. Na quarta-feira (16), um tribunal de apelações da Flórida decidiu em favor da escola.
A história provocou repercussão sobre os padrões de comportamento da juventude de hoje e os perigos das mídias sociais.
Geração do milênio
Elie Mystal, no blog Acima da lei, chama o episódio de "uma nova baixa para a geração do milênio".
"Lembra quando tudo o que os pais tinham que se preocupar era com sua filha postando selfies nua no Facebook?", ele escreve.
— Agora, as coisas são piores.
Katy Waldman, do site de notícias Slate, mandou uma mensagem para seus seguidores:
"O que podemos aprender com a desgraça dessa família, companheiros da geração do milênio? Não se gabe. Não mexa com advogados. Não compartilhe em excesso nas mídias sociais, especialmente quando você nem está indo para Europa [Dana estava brincando sobre as férias]".
A história não está necessariamente concluída. O pai pode recorrer da decisão no Supremo Tribunal da Flórida. É claro que, quanto mais o processo se arrasta, mais o dinheiro da indenização — se houver — será consumido por advogados.
 

Mãe de vítima salva iraniano da forca à beira de execução.

O filho da mulher teria aparecido em um de seus sonhos e pedido que a família não se vingasse.

Balal foi poupado pela mãe de sua vítima segundos antes de ser enforcado
Foto: ARASH KHAMOOSHI / AFP
Um homem foi salvo da forca pela mãe do rapaz que assassinou segundos antes de ser executado no Irã, de acordo com o Daily Mail. Balal já estava com os olhos vendados quando a mãe da vítima, Abdollah Hosseinzadeh Jnr, surpreendeu a todos e retirou a corda de seu pescoço.
De acordo com o pai da vítima, sua esposa mudou de ideia após ver o filho morto em um sonho. "Há três dias, minha esposa viu meu filho mais velho em um sonho e ele dizia que estava em um lugar bom e que não era para ela se vingar. Isso acalmou a minha esposa, e então decidimos pensar mais até o dia da execução", contou Abdolghani Hosseinzadeh.
O casal já havia perdido outro filho, de 11 anos, em um acidente de moto, de acordo com o Guardian.
Balal foi sentenciado à morte por matar Abdollah Hosseinzadeh Jnr, de 18 anos, à facadas, durante uma briga de rua, na cidade iraniana de Royan, em 2007. De acordo com o pai da vítima, o rapaz não tinha a intenção de matar Abdollah: "Balal não sabia como manejar uma faca, ele foi ingênuo".
 
do Terra

domingo, 6 de abril de 2014

Anchieta, novo santo do Brasil, aceitava a matança de índios.


Anchieta, novo santo do Brasil, aceitava a matança de índios

José de Anchieta justificou matança promovida por Mem de Sá
O Vaticano abriu exceção para o padre José de Anchieta (1534-1597), tornando-o santo, embora não haja comprovação de que ele tenha feito pelo menos dois milagres.

Certamente pelo fato de o Brasil, o maior país católico do mundo, ter até então só dois santos, o Vaticano aceitou a alegação da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros) de que Anchieta já tem fama de santo por causa de sua “vida exemplar”.

A Igreja Católica, obviamente, pode declarar “santo” quem quiser, trata-se de uma questão interna dessa religião, mas é preciso estar atento para que a interpretação católica não contamine a perspectiva histórica, rejeitando, por exemplo, essa lorota de que Anchieta teve “vida exemplar”.

O espanhol Anchieta e um dos fundadores de São Paulo foi um erudito. Versado em idiomas, incluindo o tupi, ele escreveu o livro “A Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil”, o primeiro no gênero do país.

A erudição de Anchieta, contudo, não o elevava para fora do seu tempo, para um futuro no qual os direitos humanos viriam a ser respeitado.

Anchieta nunca criticou a matança de índios pelos colonizadores, mas ressaltou em um poema o quanto foram “cruéis” os tupinambás que atacavam os portugueses por não aceitarem a dominação estrangeira.

Bartolomeu de Las Casas (1474-1566) teve a grandeza que faltou ao “exemplar” Anchieta. O frade dominicano e bispo de Chiapas (México) se notabilizou como defensor dos índios, denunciado na Europa os massacres dos quais eles eram vítimas.

O poema onde Anchieta revela que retrato fazia dos índios se chama “Os Feitos de Mem de Sá” [administrador colonial do Brasil]. Com 3.058 versos decassílabos divididos em quatro cantos (ou livros), o poema foi escrito em latim para um público português e europeu.

Em um dos versos o padre afirmou que os índios causaram muitas ruínas aos portugueses, como se estes não fossem os invasores das terras daqueles.

Diz o verso:

Ó que faustoso sai, Mem de Sá, aquele em que o Brasil
te contemplou! quanto bem trarás a seus povos
abandonados! com que terror fugirá a teus golpes
o inimigo fero, que tantos horrores e tantas ruínas
lançou nos cristãos, arrastado de furiosa loucura!


A professora Ivânia dos Santos Neves, do Programa de Mestrado de Comunicação e Cultura da Universidade da Amazônia, escreveu um estudo mostrando que Anchieta e demais sacerdotes em missão no Brasil fechavam os olhos para a matança dos nativos porque equiparavam os índios aos negros, que, para a Igreja, não tinham alma.

“Os religiosos se valeram das determinações papais que haviam resolvido a questão da igualdade social em relação às sociedades africanas, estas determinações estabeleciam que o “negro” não era considerado gente para a Igreja Católica”, diz o estudo.

Isso explica, segundo a professora, o uso em textos jesuíticos do século XVI da palavra “negro” para se referir a “índio”.

Ivânia Neves destacou que, no poema de enaltecimento a Mem de Sá, Anchieta se inspirou nas batalhas entre portugueses e os Tupinambá, que foram à luta em uma tentativa de garantir seu território.

“Eles [os índios] lutaram para não se submeter, mas Anchieta condena esta luta”, escreveu a professora.

Em outro verso, Anchieta disse:

Vês como gentes cruéis em hordas imensas preparam
aos cristãos batalhas ferozes. De morte humilhante
ameaçam agora a cabeça dos pobres colonos
quais tigre cruéis em redor da preia lanhada
sorvendo com fauces sedentas o sangue inocente.


No livro III, Anchieta chegou a admitir que Mem de Sá fez uma “guerra cruel de extermínio”, mas o padre a justificou porque, entre outras coisas, os índios tinham o “hábito horrendo” de comer carne humana.

Eis o verso:

“O Governador ouviu com bondade essas palavras
e respondeu: “Se vos fiz guerra cruel de extermínio,
devastando os campos e lançando em vossas moradas
o incêndio voraz, levou-me a isso vossa audácia somente.
Já agora, esquecidos os ódios, vos concedemos contentes
a aliança e a paz que quereis e sentimos vossa desgraça.
Porém, deveis vós observar as leis que vos dito.”
Manda então que refreiem suas rixas contínuas
que expulsem do peito a crueldade e o hábito horrendo
de saciarem o ventre, à maneira de feras raivosas,
com carnes humanas. Também lhes ordena que guardem
os mandamentos do Pai celeste e a lei natural
e ergam igrejas ao eterno Senhor das alturas
em seu torrão natal; aí serão instruídos
na lei divina e de vontade abraçarão com os filhos
a fé de Cristo, porta única do caminho do céu,
Além disso, tudo quanto roubaram dos Cristãos às ocultas
ou por assalto, em tantos anos, os próprios escravos
mortos ou devorados, tudo pagarão e mais os tributos.”


José de Anchieta
Para José Anchieta, índios
mereciam morrer porque
comiam carne humana
Para Anchieta, os índios que escaparam do extermínio e se converteram ao cristianismo se tornaram puros.

No livro II, ele escreveu:

Assim se expulsou a paixão de comer carne humana,
a sede de sangue abandonou as fauces sedentas;
e a raiz primeira e causa de todos os males,
a obsessão de matar inimigos e tomar-lhes os nomes,
para glória e triunfo do vencedor, foi desterrada.
Aprendem agora a ser mansos e da mancha do crime
afastam as mãos os que há pouco no sangue inimigo
tripudiavam, esmagando nos dentes membros humanos.
Há pouco a febre do impuro lhes devora as entranhas:
imersos no lodaçal, aí rebolavam o fétido corpo,
reso à torpeza de muitas, à maneira dos porcos.
Agora escolhem uma, companheira fiel e eterna,
vinculada pelo laço do matrimônio sagrado
que lhe guarda sem mancha o pudor prometido.


Por isso, Anchieta virou santo e o apóstolo do Brasil.


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