quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Richa disse que faria "mais com menos". Agora não consegue pagar a conta de telefone.

Para qualquer outro governante, a situação financeira do estado se deteriorar a ponto de não poder pagar a conta de telefone da PM seria trágica. Para Beto Richa é pior. O governador se elegeu em 2010 com o discurso da eficiência financeira. Faria “mais com menos”, por meio de um “choque de gestão”, fechando as torneiras do desperdício”. Para isso, bastava eficiência administrativa e não contratar a “companheirada” para cargos em comissão.
Três anos depois, a situação é bem mais difícil do que Richa imaginaria. O fato de a PM ter o telefone cortado é um símbolo poderoso das finanças combalidas do estado. Não há dinheiro nem para o básico, nem para aquilo que é preciso pagar todos os meses. O orçamento desaparece entre os dedos sem que se consiga fazer sequer o essencial. A situação em nada lembra a promessa de contratos de gestão que tornariam o Paraná um modelo administrativo.
O discurso de Richa nos primeiros dois anos foi o de ter herdado uma situação financeira complicada do governo Requião/Pessuti. Era preciso primeiro ajeitar a casa. O tempo foi passando e a situação não só não melhorou como piorou bastante. E a culpa passou a ser da falta de empréstimos e de recursos federais para o estado. Curiosamente, as gestões anteriores não fizeram empréstimos e conseguiram pagar a conta do telefone. Faziam mais com menos?
Richa precisa desesperadamente, em nome de sua candidatura, ajeitar as contas do estado. Mas mais importante do que a sua reeleição é o atendimento à população. Seria ridículo deixar que crimes acontecessem sem que a PM pudesse combatê-los por falta de pagamento da conta de telefone. A reeleição, a essa altura, devia ser visto como um problema secundário. Manter o estado funcionando é o primeiro e mais urgente passo.
    do blog CAIXA ZERO

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