quinta-feira, 12 de julho de 2012

Juro cai e Fiesp reclama.

                                                  Skaf só sabe chorar: (Foto: José Cruz / ABr)                     


Os juros básicos da economia já estão em 8% ao ano, a menor taxa da história. Melhor que isso, porém, é a revolução que as taxas nesse nível estão promovendo na economia brasileira. O governo Dilma pode vir a ser lembrado exatamente por ter tido a coragem de fazer a Selic recuar tanto. E, é bom sempre dizer isso, antes de o PT assumir o governo federal, o juro estava em mais de 20% - apenas uma parte da herança maldita deixada pelos tucanos.

Parece, porém, quando se lê os jornalões, que esse processo de levar paulatinamente e de modo seguro as taxas de juros a níveis civilizados, é algo ruim para o país.

Mesmo aqueles que deveriam, em tese, estar aplaudindo a decisão do Copom, como os empresários do setor industrial, soltam notas em que criticam o ritmo da queda.

A Fiesp, então, por meio do seu presidente, Paulo Skaf, parece que vive em outro mundo. “A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária”, diz ele em nota oficial da entidade.

Skaf, presumo, não é burro. Se fosse, não teria chegado ao cargo que ocupa hoje na mais poderosa federação industrial do país.

Portanto, a crítica que faz à "cautela excessiva" do Banco Central só pode ser originada de má-fé, de alguém que prefere ver o país arrebentado por uma política econômica populista do que por procedimentos que irão promover mudanças estruturais firmes.

A Fiesp, como outras entidades empresariais, deveria, em vez de fazer pronunciamentos ridículos como esse, ajudar o país a enfrentar, sem danos maiores à sua população, a grave crise econômica mundial que arrasa a Europa, com consequências para todas as nações.
Em vez disso, nesta hora, os empresários brasileiros fazem o que mais gostam de fazer, que é chorar, pedir mais benesses e facilidades ao governo que tanto combatem quando estão por cima, quando tudo vai bem para eles.

O fato é que o governo vem fazendo a sua parte, mas essas tais "forças da produção" simplesmente se aproveitam do momento para tentar tirar mais vantagem.
É isso: se há uma lei que esse pessoal entende e respeita é da do Gerson e apenas ela. 


via Sintonia Fina

Nenhum comentário:

Postar um comentário