sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Você conhece a história dos 5 heróis cubanos que estão presos nos EUA?


Como leitura para as férias, recomendo o livro "Os últimos soldados da guerra fria", de Fernando Morais, da editora Companhia das Letras. O livro, que não tem uma gota de ficção, conta a história de cinco cubanos que estão presos nos Estados Unidos há mais de 10 anos.
Todos sabem que os Estados Unidos não toleram a existência de uma ilha há poucos quilômetros de Miami que vive um regime socialista desde 1959, quando Fidel Castro, Che Guevara e vários outros heróis derrubaram o ditador Fulgência Batista.
Desde então os EUA mantém um criminoso bloqueio econômico, patrocinou mercenários na infantil invasão da baia dos porcos, criou a rádio Martí (Ronald Reagan) para difundir propaganda anticastrista junto à população cubana, entre outras questionáveis tentativas de intromissão junto a política interna cubana.
A Lei do Ajuste Cubano (Lei dos Pés Secos), de 1966 no período de Lyndon Johson, estimulava o êxodo de cubanos, garantindo ao cubano de pisasse nos EUA um visto de residente permanente e um ano depois o green card. Por que o país não fez ou faz o mesmo com mexicanos e brasileiros que saem de seus países?
Com o fim da União Soviética na década de 90, país que comprova o açúcar cubano, Cuba teve que começar a se abrir para o turismo internacional, para manter o seu regime que garante saúde, educação e uma vida digna aos seus cidadãos.
Com isso, organizações de extrema-direta na Flórida, composta por cubanos contrários a revolução, como por exemplo a Fundação Nacional Cubano-America, criada em 1981 por sugestão do mocinho de foroeste Ronald Reagan, que já jogavam pragas nas plantações cubanas, interferiam deliberadamente nas transmissões da torre de controle do aeroporto José Martí de Havana, começaram também a patrocinar mercenários latino-americanos que colocavam bombas em pontos turísticos de Havana e das prais de Varadero, inclusive com a morte e ferimento de turistas.
Essas organizações são compostas por muitos fazendeiros cubanos que perderam suas terras com a revolução socialista, amigos dos presidentes norte-americanos, normalmente os republicanos, e de presidentes de direita da Amárica Latina, como Carlos Menem.
Contra o terrorismo na ilha patrocinado pela extrema-direita da Flórida e realizado por mercenários, o governo cubano organizou a operação Vespa, e encaminhou espiões cubanos para Miami para investigarem as organizações terroristas, infiltrados entre os cubanos moradores nos EUA. Esses espiões não iriam investigar o governo norte-americano, mas apenas as organizações privadas terroristas.
Além de investigar o terrorismo contra o turismo da ilha os espiões também iriam investigar outros tipos de terrorismo, como por exemplo atentados contra aviões de passageiros cubanos que mataram vários inocentes. Alguns terroristas chegaram a ser presos mas foram indultados pelo presidente George Bush (pai) e outros presidentes latino-americanos de direita, ou tiveram seus processos arquivados por juízes conservadores de Miami.
Os espiôes cubanos foram presos nos EUA, alguns participaram do programa de delação premiada e foram soltos, mas Gerardo Viramóntez Hernández, Tony Guerrero, Ramón Urso Labañino, Fernando Rubén Campa González e René González negaram que estivessem espionando o governo dos EUA, foram condenados por juri composto por moradores de Miami, que 74% são favóraveis as ações armadas promovidas contra Cuba, e até hoje estão na prisão nos EUA.
Um ex-assessor de segurança nacional de Jimmy Carter disse que "Um julgamento de agentes de inteligência cubanos em Miami será tão justo quanto seria o julgamento de agentes da inteligência de Israel em Teerã".
Um das alegações para a condenação dos heróis cubanos foi que com suas informações, um avião com 4 mercenários de Miami foi derrubado por MIGs cubanos, avião que estava irregularmente em território cubano.
Para detalhes e outras histórias interessantes, recomendo a leitura do livro!

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